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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O fim que é o começo- O começo que é o fim

depois do comentário " não entendo o que vocês fazem agarrados com um poste"
refleti acerca do enorme sentimento que nossas subjetividades juntas abarcam em todos os lugares visitados.

Contemplamos regionais?! Não. Contemplamos diferenças urbanas que nos transformam e nos matam.

Feliz pelo processo.


delimitações entre a vida e a morte, entendimento e um bocado de aceitação diante da realidade.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Eu vejo o que você vê.

No meio de uma praça, um pequeno grupo de pessoas.
Eles olham para um poste.
Eles vêem um poste.
Um poste que, nem todos sabem, está prestes a virar uma árvore.
Ao redor deles outras pessoas também olham com curiosidade o que aquele pequeno grupo observa, mas talvez um (aquele senhor com camiseta listrada sentado no banco) ou outro (a babá que segura o bebê) compreendam. Os outros parecem confusos, não entendem, querem explicação.
Naquele momento, no momento em que eu vejo o que você vê, no momento em que você olha para um poste e vê o mesmo que eu: um poste (que vai virar árvore, já sabemos disso), naquele momento, eu tenho a leve impressão de que sou você. E que você sou eu. Que nós, que olhamos todos para um mesmo ponto e sabemos o que vemos, somos um só. Tudo bem, pode não ser assim, eu posso não ser você, mas por um momento me parece que eu poderia. Me parece que eu entendo. Entendo o que você sente. Entendo suas angústias, os motivos que lhe causam riso e choro, o prazer que você sente com o cheiro da chuva, a dor de ver a sua pessoa querida sofrer, o desespero naquelas noites escuras que te fazem sentir só, a felicidade do banho de sol na pele, a sua felicidade, que é a minha. Eu compreendo tudo e sei que vocês podem compreender também - porque eu rôo as unhas e porque banho de mar me deixa com vontade de comer biscoito bono de chocolate.
E o mais bonito disso é que depois de tudo, depois, quando chega no fim, quando o poste vira árvore e todo mundo é convidado a olhar. Aquele pequeno grupo já não tem mais a quantidade de pessoas. Agora mais pessoas podem olhar, ver, entender, ser um só. E a gente fica feliz com o olho no olho, a luz no rosto e o amor no meio do mundo.
Viva a transformação!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Aos Ciclos, às cores, às flores.

Achei nas minhas coisas os desenhos que alguns de voces fizeram das suas respectivas flores durante as visualizacoes que participamos atraves dos exercicios de Butoh. Mais do que antes, estou agradecido por todo o processo ate agora. Tambem agradecido pelos ciclos, pelas nossas perpetuas mudancas - que tira o lodo la do fundo do coracao e, por vezes, incomoda a muitos! Aos ciclos! Bem sei que existe diferentes cores para cada diferente ciclo de vida: estou falando dos ciclos macros e micros.

Como voces veem essas flores representadas a 3 meses atras? O que mudou? Que ciclos a fizeram mudar? O que implica no movimento e na performance 'A Incrivel Historia do Poste que Virou Arvore'? Seria legal fazer uma meditacao rapida essa semana, e dancar... e com os olhos de dentro, vendo o corpo de dentro, perceber as pequenas mudancas da sua flor.

A penultima flor acho que eh da Rafa, mas como nao tem nome, nao tenho certeza. Qualquer coisa eu edito.

Muito amor,

Flor do Felipe

Flor da Imaculada

 Flor do John

 Flor da Marisa

Flor da Rafa

 Flor do Tomaz

Postem mais flores. Seria bom reunir aqui o que esta reverberando de cores e formas no seu centro.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

CONTATO

A incrível história do poste que virou árvore

Teatro Mimo e Poéticas do Corpo

Projeto de Intercâmbio.

poéticas do corpo e teatro mimo (CE) colaboram e discutem caminhos que conectam o desenvolvimento integral do ser e seu pertencimento à totalidade através de experimentações estéticas de butoh e mímica corporal. o natural, o urbano, a afetividade, a midiatização, a arte, a vida e 'o que nao se dá nome' - um mosaico (segmentado mas complementar) sendo pensado numa cidade reinventada, religada ao todo. PROJETO SELECIONADO PELO EDITAL SECULTFOR 2011 DE FORMAÇÃO E INTERCÂMBIO ENTRE GRUPOS DE TEATRO.
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sábado, 9 de julho · 08:30 - 10:00
Localização
Praça da Gentilândia (Praça da parada de ônibus)

a vivência desse sábado, dia 09, é uma das resultantes dos nossos encontros desde o mês de março.

evento de rua. convidado convida convidado.

ver mais: http://umnaolugarnatural.b​logspot.com/

Agradecemos atenciosamente.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A INCRÍVEL HISTÓRIA DO POSTE QUE VIROU ÁRVORE


Era uma vez uma cidade que não era mais a mesma, aonde vida não era mais a mesma, se é que podemos chamar toda aquela revira volta de vida. A cidade do concreto. Era assim que a classificavam.

As coisas petrificadas que viviam lá. Não sentiam, não mexiam, não respiravam. Alias respirar era algo que não estava mais presente na vida daquela cidade. Porém, em um dia qualquer debaixo de um sol escaldante apareceu um viajante do futuro que estava á procura de uma história para fazer um filme, interessando no trabalho um poste lhe chamou a atenção do outro lado da rua, dizendo que conhecia uma história incrível de um poste que virou árvore. No mesmo instante o viajante levou um tremendo susto, porque nunca um poste havia falado com ele. Mais vendo que estava no caminho certo o mesmo sentou-se ao lado do poste que se tornará seu amigo e ouviu o que o ele tinha a falar. Nesse caso era a história do seu primo.

O João Postante trabalhava 24 horas por dia, naquela cidade ninguém falava com ele, ninguém olhava para ele. O coitado vivia em uma solidão muito grande, porém o mesmo carregava uma sensibilidade que ninguém sabia de onde vinham, porque João assim com todos os outros postes não tinha um coração. Mais João era diferente dos outros em todos os aspectos, pois João não reclamava da vida, apenas era bom e tinha um grande sonho, que toda a cidade pudesse se transformar em um vale de cores para quê todos pudesse viver felizes e realizados.

Toda noite João pedia para o seu anjo da guarda que lhe desse um presente que mudasse sua vida. Só que isso nunca se realizava. Entretanto, houve um dia em que uma nuvem falou com João lá do céu e lhe contou a seguinte coisa: ‘’ João você terá o seu presente na hora certa. O João ficou muito feliz porque o seu anjo havia ouvido suas preces, mas também ficou ansioso para saber do que se tratava.

Depois daquele dia a cidade ficou muito estranha, passou a ficar quente e fechada, todos sofriam e não sabiam o que estava acontecendo. Todos estavam perdendo suas famílias porque grandes carros, sons, placas, prédios arrastavam e estavam invadindo o habite daquelas criaturas. Só que João também lembrou que um dia, ele e os seus amigos também mataram e destruíram outras famílias, as famílias das arvores, os pássaros, os rios que traziam beleza e calmaria para aquela região. Horrorizado achando que era um castigo do céu João pediu para virar árvore, para poder trazer vida de novo para aquele lugar. No mesmo instante o céu se abriu e começou a chover em cima de João, era como se toda a esperança daquela cidade entrasse por entre aquela pele de concreto. E aos poucos João foi se transformando, algo pulsava dentro dele, o mecânico e virando orgânico e tudo parecia mais leve naquele momento e João depois de tanto tempo, respirou, respirou e respirou achava tudo aquilo espetacular. Então, depois de algum tempo toda cidade estava parada em estado de contemplação, porque nunca havia visto algo tão sublime algo tão doce. E João naquele na situação não era mais o mesmo, apenas sentia que havia sido purificado e escolhido para trazer aquela suspensão de amor e generosidade. Ele havia se transformado em uma linda árvore de frutos coloridos e grandes que arrastava linhas que se conectavam a todos os outros habitantes, dando-lhes fé e animo, para quê junto todos respirassem trazendo uma sintonia musical que beirava o ouvido.


[CONSIDERAÇÕES.... ESQUEÇAM OS ERROS DE PORTUGUÊS]

domingo, 26 de junho de 2011

A incrível história do poste que, de tanto se comover, virou Ipê.

Nunca achei que tivesse vocação para ser pedra. Eu sempre pensava isso enquanto assistia a cidade e o tempo cronológico passarem no cruzamento daquela grande avenida com aquela grande avenida.
Não que ser poste mereça qualquer tipo de desmerecimento, longe disso (há até algo de quase heróico na idéia de possibilitar, através do meu ser, a passagem de energia), mas não basta, se você é do tipo de cimento que sente demais.
O problema era todo esse - eu me comovia muito. Talvez eu tivesse conseguido, se eu não me comovesse tanto...
Ali, fincado ao chão, eu me comovia com tudo o que me alcançava - o por-do-sol, as luzes da cidade, as músicas, frases e palavras que me faziam querer poder chorar, ou rir, ou os dois; com os desconhecidos que passavam por perto e que nem de um tiquinho reconheciam minha presença muda e firme, mas cujos destinos e vidas eu tomava a liberdade de arrancar para mim, para traça-los virtualmente.
Me comoviam os cheiros, ares, dores, ruídos de TV e de tudo o mais. Eu me comovia com o frentista do posto, com o flanelinha, com o limpador de vidros, com os pedintes e vendedores ambulantes e catadores de lixo, com os carros, com o fumê dos carros, com as vidas dentro e fora dos veículos e, sobretudo com os olhinhos vagantes daqueles que, de dentro do onibus, parecem querer se atirar pra fora da janela e direto pra dentro do coração do mundo.
Me comovia até com as coisas poucas, que de tão pequenas eu sequer via - na verdade há nelas tanto que extrapola os limites de tudo que existe, porque elas já meio que são tudo que existe - de tão pequenas, tão enormes que perde-se a dimensão.
Tanto amor e tanta beleza que há nesse mundo. Ser de cimento e ferro não tava dando conta.
Até que um dia, de tanto sentir esse amor, essa beleza e essa comoção toda (pelo menos essa foi a única explicação lógica que eu encontrei) comecei a sentir subir em mim uma energia outra - muito diferente da que perpassava meu pelos metálicos - esta vinha de baixo, de dentro do último lugar que se pode ir dentro da terra antes de começar a voltar pra cima. E, entes que eu pudesse compreender, tive que reconhecer - eu havia criado raizes!
Não demorou a partir dai para que as seivas e todo o resto começassem a fazer cócegas gostosas enquanto passeavam quentinhos pelas minhas entranhas e, do cimento cinza e frio, foram brotando pequenos galhos. Das minhas têmporas eles rasgavam tudo e saltavam para fora, recheados de folhas amarelas.
De poste, virei algo muito parecido. Virei Ipê.
E agora continuo me comovendo muito, ou mais. De poste para um Ipê que se comove.
E que se comove tanto.

A verdadeira origem da luz

Foi assim:

meu avô nasceu e logo percebeu que lá em cima existia uma luz forte, mas muito distante. Ele foi crescendo crescendo e decidiu!
-vou conquistar aquela linda luz!
Ele arranjou uma corda gigante e laçou a bola de luz lá no céu.
Ele pegou a bola e colocou em cima de uma aste de aço bem alta, escolheu o local mais alto para fixar aquela bola pra que a luz que ela emana alcance a maior distancia possível.
Meu VÔ se tornou uma pessoa tão iluminada após aquela conquista que conquistou minha avó!
o tempo foi passando, eles foram formando uma família grande e construiram a casa deles ao redor do poste, que ficou exatamente localizado no quintal.
Meu avô foi ficando cada vez mais velhinho, mas sempre iluminado.
Um dia ele ficou doente
Uma noite ele morreu

no diz seguinte toda a família se reuniu no quintal pra ver que o grande poste havia se transformado em uma enorme mangueira.

E até hoje nos reunimos sempre pra comer manga rosa

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Elos e despedidas

Sim
Sim

o Doce sim da aliança

Ainda tocada pelas despedidas provoco:
o que fazemos quando nao somos capazes de nos despedir?

a frase do processo (para mim) neste momento é "respeitar o tempo", pois existe dentro de mim um gigante e ele tem vida propria. Ele manda no tempo!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

ENC: aliancas, elos e olhos

queridos,

trago um email de paz e apaziguamento. acho que explorar nossas flores, linhas e tempos proprios nos deixam extra sensiveis a tudo e todos. acredito que toda essas vivencias de internalidade estao se refletindo na externalidade, e nao podemos calar o poder disso quando nos rasgamos em frente ao publico de uma praca em um ato performatico. muita calma: as coisas sempre tem propositos.

nosso tempo em maio foi intenso de decisoes, emocoes e de exercicios imageticos. nos teremos bem menos tempo agora no mes de junho: mas acredito em algumas coisas: 1) a trajetoria sincera sempre leva a um resultado final agradavel. 2) nossa persistencia vai ser motivo de alegria a cada sorriso ou lagrima de mais outras pessoas vivenciando nossas coisas. 3) a corrente de se fazer arte mais confundida com a vida vai ser cada vez mais difundida a medida que as pessoas se achegam perto do nosso processo. e ultimo mas nao menos importante: 4) a performance que as vezes nao e' muito espetacular, pode ser justamente o que e' para ser. aquilo, simples, flores, linhas, gelos, olhos, elos. como diz Clarice: 'o que nao se da nome - o it'.

renovemos as nossas aliancas. e ai, gostaria que em comemoracao ao nosso MILESIMO acesso ao blog, cada um publicasse aquela provocacao mais sincera - que tem estado guardada no figado durante alguns dias. precisamos olhar no olho. provocar tambem, mas sempre olhando nos olhos. entao provoquemos: umnaolugarnatural.blogspot.com

beijos a todos. nessa sexta irei para israel para ficar 10 dias, e la esperarei ter encontros bonitos nessa terra tao molestada. mandarei beijos de la. e logo nos veremos.

muito amor, mesmo,
.david

terça-feira, 24 de maio de 2011

SOBRE ENCONTROS E DESPEDIDAS


Obrigado aos amigos poéticos e mimosos que participaram dessa ação conosco.
Obrigado Calanta Viana pelo registro.
Obrigado São Pedro!

domingo, 22 de maio de 2011

Da vida que sai de mim pra outra pessoa (deixando assim um vazio em mim). Do sofrimento.

Eu não consegui encontrar o trecho, mas li na revista do Lume um depoimento de uma das atrizes – não lembro qual – falando, se não me engano, do treinamento energético. Ela dizia algo do tipo: “eu sofria muito nos treinamento energéticos. Mas eu sempre sofro tanto.”

Eu me identifiquei prontamente. E sobre isso, divagando, cheguei a escrever: “quando sofremos é bom! Quando se sofre é porque você se deu tanto ali naquele negócio, você dedicou tanto, doou tanto de si, que é sofrido se ver separada (de certa forma, mas nunca completamente) de um pedaço de você, que você, generosamente, como sempre, cede para que aquela outra coisa seja bela e verdadeira. (Acho que) adoro sofrer!

Hoje eu sofri. Sofri porque não sei como me despedir. Não sei, creio, porque quando a gente se despede de algo, de alguém, gera um vazio e eu, infelizmente, ainda lido muito mal com esse vazio.

Hoje chorei no chão de uma praça e queria que meus espasmos virassem sementes – que logo cresceriam e virariam uma natureza grande que logo preencheria o vazio deixado pelo “adeus”.

É porque o vazio, ou como eu o vejo, é sinônimo de solidão, e ficar só dói um bocadinho. E hoje, um dia em que sofri talvez de medo disso tudo, me vejo só e vazia. Essa experiência remexe tudo por dentro e qualquer coisa doida dentro anda se remexendo toda aqui dentro de mim – num espaço grande demais para que ela possa ocupar – ai ela vai sendo atirada de parede em parede, reverberando pra lá e pra cá do meu estômago.

E a vontade que dá é de nem sei o quê – vontade de que as palavras virem nada – vazias como o vazio que me engole os rins, pulmões, fígados e todo o resto – ou que virem pássaros, pontos pequenos, soltos, livres, ínfimos no vazio enorme que é o céu. Vontade que minhas palavras me ocupem num abraço apertado e morno, como se eu só tivesse elas, como se só elas pudessem se transformar em algo que abraça.

Tenho dó de quem não sofre assim. Porque amanhã o dia vai ser quente – dia de calor e sol e de mim latente atirada nesse mundo, de mim latente, pulsante e presente em mim mesma. Será que quem não sofre tem dias assim?


sábado, 21 de maio de 2011

quando se enfrenta terras inférteis: exercício da colaboração do teatro mimo, poéticas do corpo e amigos. IFCE, Feira Agroecológica da Praça da Gentilândia e Praça do BNB - Fortaleza-CE. 21 de Maio de 2011. quando se tem necessidade de provocar os sentimentos até a flor-da-pele. minha e tua.

quando colaborar (com a Jacky) acaba sendo uma experiência muito linda.
 quando se entreabre os olhos e já se conquista estados corpóreos de generosidade.
 quando os poros se espandem, quando os raios são um meio entre o ser e o início de tudo.
 quando baixamos as guardas e preconceitos. quando compartilhamos onde não há lixo inorgânico.
 quando as essências e todos os ciclos se sucumbem à efemeridade. gelada.
 quando as comunicações ultrapassam linguagens (e sempre se quer interagir quando se é criança).
 quando o adeus pulsa, pulsa, pulsa e... agora um novo encontro.
 quando se vê o outro em instâncias paralelas, infinitas de várias vidas. inevitável.
 quando aquele chão nos conta tantas histórias de desencontros. tudo é falado bem baixinho. shhhhh!
 quando as conexões são mais fortes que quando se rouba um banco. pela décima-terceira vez.
 quando há uma linha que liga o centro da terra à estrela de um garoto vestido de amarelo.
 quando uma 'superformance' acaba sendo a coisa mais simples da vida. e um homem chora no banco.
 quando a cidade é reinventada, digerida e processada. algumas pétalas de flores pelo BNB.
 quando o pé tem uma permissão irrevogável de dançar com todos os verdes de deus e de tudo.
quando se come feijoada, moqueca e a melhor coisa do passeio público é essa árvore.

SUPERFORME

Sou um homem rico e não tenho nada para fazer.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

plástico


Terça das flores



Papoulas- relacionadas ao sono- sonho (poder do inconsciente), morte e fertilidade


dentre as as sensações do grupo na terça percebo
uma linda flor amiga em meu ventre
expansão

vermelha
que cresce sem limite,
mas que é macia e suave
feito o vento leve que bate em suas pétalas.

As relações estabelecidas no exercício ficam sendo ruminadas
e uma sensação de continuidade e de lugar único

tudo começa e termina em mim

Shiva

terça-feira, 17 de maio de 2011

flores que brotam

flores que brotam
no vazio
caos pessoal
escuridão
nada
tudo
meditação
contemplação
30 segundos de outro universo
contato espiritual profundo
ante-flor, sem cor, forma, mas profunda...

domingo, 15 de maio de 2011

O tempo


Estamos no terceiro ciclo de atividades do nosso projeto. Nesta etapa brincaremos com imagens e intervenções, possíveis frutos para o surgimento de algo maior.

Inquieta-me o tempo ou sua falta. Creio que ele não falte. Nós quem faltamos. Ele apenas continua passando, passando, passando...


Clichê falar de tempo e por figura de relógio ou ampulheta.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Coreografado...


Depois do pouco que fiquei na reunião de segunda e da conversa com a Marisa,

Fiquei pensando sobre o fato do butoh existir até hoje mesmo tendo sido criado posterior a uma tragédia em um determinado lugar por um determinado povo.

Pensando sobre a estética que ele vem assumindo até hoje e as reflexões sobre coreografias me invadiram...no butoh não existe passos transmitidos como no ballet,por exemplo.

Mas será que todos os estímulos e como ele vem sendo transmitido não vem condicionando corpos a estéticas parecidas,criando-se quase coreografias,passo e formas de se fazer butoh dentro de uma mesma estética? Lentidão, extremidades do corpo como galhos, tensões ou até na falta delas...movimentações semelhantes?



Falo isso até pela percepção no meu próprio corpo,será que todos esse vídeos,estudos,referências não vêm condicionando meu corpo a essa estética,quase como passos transmitidos?

Certo que os corpos podem reagir de formas parecidas,as misérias,imagens,aparecem parecidas,mas essas questões apareceram e decidi externar.

Abraços de bom dia! ;)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Conversa na praça- ocupando o espaço de pensamentos


Querido diário,

esse post é uma tentativa de compartilhar um papo que tive com Felipe nos Benficas da vida.
é também um reflexo da reunião de segunda e do nosso "processo" individual

Nosso desenvolvimento obedece à caminhos que só o meu desenvolvimento sabe quais são e dessa forma EU trilho meu caminho, não importa necessariamente o que me vem de fora. Este Eu não é referente a uma 'individualidade', ou seja, não necessariamente o Eu está desligado do social, isto seria outra discussão.
Sou formado por várias ligações sociais sim, mas eu decido o que faço com elas, na maioria das vezes. Então mais uma vez me pergunto: o que é aprender e o q é ensinar? Existe isso?
Segundo alguns é necessario cuidado ao fazer alguns trabalhos para que o psicologismo não invada trabalhos que possuem fins puramente objetivos e eu me pergunto: fins puramente objetivos?! Defina objetividade…
Objetivo x subjetivo – Bom X mau – Aprender X ensinar – equilíbrio X desequilíbrio- Eu X outro
nossa necessidade de separar, enquadrar, entender, conceituar, arrumar, organizar, mandar e controlar. Eu faço isso por mim ou pelo outro ? e existe separação ?
exemplo: Sim sim… estou aprendendo o que é a primeira posição de pé e isto só tem função de cópia de um movimento. Se estou aprendendo uma codificação -tendo em vista um processo secundário a este- significa que é um processo “objetivo”...... minha personalidade não precisa ser trabalhada por eu aprender a primeira posição de pé! huuuuuuuuuuum
Mas eu me pergunto: e quem disse que isto não está te envolvendo integralmente ?
Quem disse? Precisa alguém dizer preu me deixar envolver?
Bem vinda teoria integral!!!!!
Reflexões sobre butoh e MCD passeiam in my mind


papo esse que fechou com o seguinte comentário do Felipe: pq vc não posta isso no blog do projeto?
e eu fiquei com cara de "estou pensando sobre isso"

Use a dança.

Receita para curar poemas presos - Viviane Mosé


"Em caso de poemas difíceis use a dança.

A dança é uma forma de amolecer os poemas,

Endurecidos do corpo."



domingo, 10 de abril de 2011

Quanto pensamento

Acho que já refleti sobre tudo o que já refleti. a vida toda sobre a própria vida. desde que comecei a querer refletir sobre a vida.

Com mais conceitos talvez, com vivências talvez, com um objetivo talvez...

Minha relação com o mundo, minha relação comigo mesmo.

Quantas fichas caindo e quantas fichas para cair...

Vamo que vamo!

Dificuldade.

Como compartilhar o que se é através dos objetos carregados na bolsa, inicia-se falando achando que vai conseguir falar tudo, achando que vai lembrar de tudo, mas acontece pausas entre as palavras e no final percebe-se o quanto faltou.

O que tem por trás da aparente tranqüilidade e da aparente organização? Algo que se guarda e depois aparece em lágrimas e em seguida se compartilha em sorrisos.

Se compartilha em objetos, colocando seus objetos que escondem as mais profundas inquietações nos espaços dos outros, mesmo que não dito nas palavras, mesmo que não dividido nas palavras!!!! Foi dividido, fisicamente, em material.

Isso me fez aliviar, suspirar.

"Sou forte como um cavalo novo com fogo nas patas correndo em direção ao MAR"
"Eu não vou mais me apaixonar"

...e tantas outras compartilhadas...

; *

Em mim.

Uma série de vivências, uma série de conversas, uma série de exercícios, uma série de lugares que nos movimenta externa e internamente. A possibilidade de perceber-se, de perceber o outro, de entrar em contato consigo e com o outro é tudo muito encantador e intrigante.

Penso que nos faz mexer no lugar do outro e em nossos lugares. Movimenta inquietações, faz botar pra fora em gritos, em palavras, em movimentações, em lágrimas.

Acredito eu que tudo isso movimenta a tão desejada transformação pessoal e social ou pelo menos a busca delas.

Fico feliz com todo esse processo, com toda a descoberta e intimidade que vem aparecendo como conseqüência de tantos encontros.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

eu, um não lugar.

eu,
um não lugar.
um lugar de passagem
pr'aqueles que chegam
pr'aqueles que ficam
pr'aqueles que se vão
até eu me vou.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O Objetivo Superior



"A maioria dos recentes ensinamentos (...) tem uma diretiva básica em comum que ocorre periodicamente: pede-se à pessoa que ame-se. Amando-se, dizem, começarão a curar bloqueios e a desenvolver, com suavidade, um estado mais poderoso e equilibrado do ser.
(...)
A pessoa deve, evidentemente, ter um certo grau de auto-estima para interagir com o mundo ativo, bem como ainda sentir-se atraído pelo trabalho espiritual. Porém, o trabalho deve estar arraigado em algo mais elevado do que o Eu, caso contrário a pessoa invadirá o limite daquilo que comumente, é conhecido como magia negra.
Um objetivo mais elevado implica algo maior, algo além do pequeno Eu. Reitera também a idéia de que a criação é modular - os sistemas estão contidos dentro de um sistema maior - e que mudando-se as frequências dos campos de energia, podemos interagir com outros sistemas.
O objetivo superior, portanto, está relacionado a contatar-se com, e de algum modo, servir a um campo de energia maior ou mais elevado."

As Máscaras Mutáveis do Buda Dourado - Mark Olsen

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Entre uma coisa e outra e a totalidade



Nossa vivencia do dia 3 de abril, nos levou, depois do terminal de ônibus do Papicú e do próprio ônibus, à Praia de Iracema - conhecida fachada de prédios altos (residenciais e hotéis) que sufoca, barrando a brisa boa, o restante da cidade. O momento foi propício, o exercício foi simplesmante de contemplação: primeiro buscando um estado meditativo em frente ao mar e logo em seguida buscando esse mesmo estado em frente aos prédios.
Eu fui o único que somente observei o exercício, contemplei a contemplação - principalmente porque alguém tinha que cuidar dos nossos pertences. Ficamos a todo instante tensos pela linha do histórico de violencia naquela orla marítima. Mas as tensões nao eram só por isso. Ao observá-los, percebi o posicionamento maravilhoso desses corpos e me veio claramente o pensamento que estamos sempre em várias  tensões - dessa vez os corpos intermediavam a natureza crua do mar e o concreto da cidade. Uma disparidade que nos usava como cola numa desesperada tentativa de se manter em unidade. O todo, como organismo, entre tensões, se manifestando atraves de canais, carnais. Pra pensar.

Ver uma reverberação individual de tensões:
http://umnaolugarnatural.blogspot.com/2011/04/isto-nao-e-um-post.html

Ver o site do Tadashi Endo sobre o Butoh MA - dançar entre espaços vazios, estar sempre 'entre':
http://www.butoh-ma.de/index.php?option=com_content&task=view&id=2&Itemid=5


sábado, 2 de abril de 2011

Provocação 1 de 11


Diante da solicitação do Davi de compartilhar algo que tem feito parte de mim nas últimas semanas, podendo ser algo relacionado ao processo construído em grupo ou algo que tem me constituído indidualmente, não pensei.

Não pensei! não por me negar pensar diretamente, mas sim por não ter tido tempo. Porém, eu ja sabia o que havia em mim, o que tem me acompanhado nos últimos dias. O sentimento existe de forma clara e ele é um emaranhado de linhas que lembra essa figura que Renatinha postou! rsrs

Foi uma agonia e encontrei uma figura pra vcs sentirem um pouco.


Senti (da minha forma) cada um de vcs em suas agonias


CONTEMPLEMOS 2

Butoh this ruined temple


Linda performance, pena que não dá para incorporar. Mas ficam os links:


Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=2_HLzGIdyE4&feature=related


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Isso não é um cachimbo.

Gente, desculpa, mas o post vai ser grande. Vou responder logo no mesmo a um bocado de provocações, ok?

#1

Essa é em resposta à provocação cênica da Renatinha ontem já fazendo um diálogo com o post da Imaculada e a mais um bocado de coisas...

Réne Magritte

"É da natureza humana a necessidade de dar nomes às coisas afim de
compreendê-las melhor, de torná-las objetos definidos e colocá-las
ao alcance da razão, dispostos como as cores numa paleta de pintor
que irá criar um mundo particular em sua obra." - Imcaulada ("SEM NOME").

Acho que essa obra do Magritte diáloga muito com isso. Ele trata de uma saturação da representação (o que me lembra também de uma história sobre esse quadro do Matisse:


durante uma exposição uma mulher comentou com ele algo como: "mas eu nunca vi uma mulher verde." Ao que ele respondeu: "mas senhora, isso não é uma mulher, é um quadro.")
Minha senhora, se for para ser cética, vamo ser direitinho, né?
Além do que, existem mulheres verdes! Existem linhas coloridas que partem do meu umbigo e me conectam a coisas e brilham quando encontram outras linhas.
Eu não preciso estar tanto no controle. Não preciso definir linhas que configuram o que existe ou o que não existe, o que é ou o que não é. Nomear as coisas vem dai também - da necessidade de se certificar de que elas existem, de forma que eu possa me apropriar delas. Mas se apropriar é diferente de possuir. As vezes me parece que a necessidade de denominação vem acompanhada de uma necessidade de dar conta do objeto pela posse.

"Esatmos incondicionalmente destinados a conhecer." Imaculada ("SEM NOME")
"tudo o que fazemos durante toda nossa existência, em verdade, é nos
conhecermos nas coisas que buscamos conhecer." Imaculada ("SEM NOME")
O problema é que esquecemos de desconhecer. Esquecemos que o desconhecimento pode ser um caminho para atingir o conhecimento. Limitamos nossos métodos de conhecimento. Tanto como procedimento quanto como efeito. Esquecemos que podemos nos reconhecer num plano de micropercepções, que apenas perpassam o consciente. Eu não deixo de me reconhecer em algo apenas por não saber ao certo porque eu me reconheço ali.

[Eu tenho 5 graus de míopia e as vezes gosto de tirar meu óculos, para poder ver.

As coisas são. Sem necessidade de permissão ou certificado de eutenticidade.
E não se pode controlar isso através de conceitos.]

#2

"O que a gente quer não precisa ser arte." Imaculada ("SEM NOME")
Hoje eu tava na casa de uma amiga e ela tava lendo o horóscopo dela e dizia algo tipo assim "hoje é um bom dia para atividades artísticas. mesmo quem não é 'artista' vai tentar trazer elementos para que o dia hoje seja mais bonito."
Aquilo deu um nó na minha cabeça. O que é arte se não exatamente isso? Gente, qualquer pessoa pode ser artista, então, benzadeus! Eu não preciso de um "título" (super questionável, eu diria até) pra ter permissão pra que a minha tentativa de tentar fazer o mundo um lugar mais bonito seja "legítima" não.Vamos todos ser e nenhum ser artistas. A gente faz parte da mesma forma de uma coisa bem maior que a arte, que é a vida! deus permita que eu nunca esqueça disso!
O que a gente quer precisa ser vida! Amor. Sofrimento, que também é amor.
"Se eu quizer mostrar algo alem da linguagem humana, que ultrapasse a
Arte?" Imaculada ("SEM NOME")
Viva.
É uma pena que nem todo mundo tenha dimensão disso. As vezes o meio que a gente tá desvia a gente dessa noção (os meninos que ficam se "exibindo" pra câmera do barra pesada que a gente tava falando ontem...)


#74

"Por mais que eu va lá dentro, eusempre busco fora..." Imaculada ("SEM NOME")

"Quanto mais nos deparamos com o auto-conhecimento, mais buscamos
respostas fora de nós mesmos, pois os caminhos mudam e a visão também,
pois a efêmera características das coisas nos deixa tenebrosa-mente
variável." Renatinha ("integração x indiferença")

E me parece que quanto mais fora eu busco, mais dentro (e fora) eu encontro.
E quanto mais dentro eu busco, mas encontro fora (e dentro).
É um ciclo, é como um efeito dominó, eu não posso mexer numa peça sem que todas respondam a isso.
As coisas são todas uma coisa só mesmo. Tô cada vez mais me convencendo disso. Nem o Heráclito me desviou ("a unidade é ilusão: apenas o fragmento é real."David ("Prazer, Spinoza.") eu só consegui ver o fragmento como holon, portanto são a unidade em si. Não existe a fragmentação. Minha cabeça virou uma maquete, um gráfico vivo e brilhoso, pessoas são formas e brilhos e tudo se funde.)


#422

E por fim, cito David ao discutir a busca do "sem-nome":
"Não é comunicação, não é arte, é outro caminho, outra forma de compreensão, como quando fechamos os olhos e ficamos só com a gente."

#19

"Desabafo"
Ainda não consegui dar conta de tudo que existe na minha cabeça. Tenho tanta coisa pra falar que tenho que me controlar. Eu já tenho posts em fila pra também não saturar tanto! Vou dormir transtornada!
E adorando. :)

Meu coração tá abarrotado de vocês.
O mundo vai ficando cada vez mais bonito.


Enfraquecendo as fronteiras do real.





Em resposta ao "exercício das linhas" de ontem (e de antes).
(Que sempre é lindo).

Se eu consigo ver o que não existe
O que impede que esse algo passe a existir?

Segundo a ciência, a imagem se dá no cérebro.
E segundo essa mesma ciência, o cérebro é um negocinho complexo.
Quem sou eu para discordar da ciência?

'' Sem título''


''Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades
para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E
esperança suficiente para fazê-la feliz.''

Conexões e contato: As linhas da vida

[Considerações...]

Amarela, azul, vermelha, laranja, grande, pequena, larga, horizontal, vertical...
Elas me ligam ao universo, as estralas, as pessoas e a natureza.
Eu consigo enxergá-las até de olhos fechados, onde percebo que a visão em bem mais que ver.
Realidade e imaginação se confundem no momento em que elas surgem e entre passam por múltiplos lugares, na sua cabeça ou ao seu redor, parece uma sonho que vivemos acordados.

Hoje sai na rua tentando ligar a minhas linhas as pessoas das quais não conheço e não tenho nenhum contato, para sentir muito mais que o calor que sai dos seus corpos, mas sim os seu corações.
É bem estranho, pois não consigo ver as cores delas, apenas sinto as faiscas do contato cotidiano.
Mas vou continuar... Para poder torná-las bem mais possíveis!
..................................................................................................................................................................

Prazer, Spinoza.

Queridos,
Esse é o nosso amigo Spinoza. Lembrei dele agora, e convidá-lo para algumas de nossas reunioes tem tudo a ver com nosso projeto. Essa foto abaixo é dele, eu tirei em 2009 lá pertinho da Universidade de Amsterdam, onde fiz meu Mestrado, e ele ainda fez pose. Eis alguns parágrafos sobre ele.



''Judeu holandês de origem portuguesa, o afável e enigmático Baruch Spinoza (1632-1677) goza de um dos destinos póstumos mais estranhos na história da filosofia. Ainda em vida, foi considerado um herege perigoso pelo judaísmo e pelo cristianismo e taxado como “o mais ímpio ateu que já pisou sobre a terra” – ironia colossal, pois a essência de sua obra é uma metódica obsessão por Deus. Representante máximo do “monismo lógico” – a ideia de que toda a realidade forma um único ser – Spinoza engendrou, com uma espécie de fanatismo geométrico, uma divindade fantasticamente real e racionalmente mirabolante, base de um sistema ético que muitos admiram e poucos conseguem seguir.''

''Ao contrário do que se poderia imaginar, a amargura e o desespero inexistem na obra desse homem frágil, solitário e modesto: seu pensamento não é um grito de revolta contra o destino, mas uma geométrica ode de amor à realidade.''

''Percebemos o mundo ao nosso redor como uma infinidade de seres individuais, mas ao mesmo tempo intuímos que tudo o que existe está, de certa forma, interligado em um todo orgânico. Alguns filósofos, como Heráclito, afirmaram que a unidade é ilusão: apenas o fragmento é real. Já Spinoza representa o polo oposto. Para ele, o universo é formado por uma única e indivisível substância (do latim substantia, literalmente, o que está por baixo). Ele chega a essa conclusão por uma impecável acrobacia lógica: sabemos que o homem é formado por diversas partes e, ainda assim, nós o consideramos um único ser; por que, então, não aplicamos o mesmo raciocínio ao Universo? Logo, toda a realidade é de fato um único indivíduo.''

''Assim escreve o embriagado geômetra de Deus no desfecho de sua obra: “O caminho que conduz à beatitude é áspero e íngreme, mas pode ser encontrado. E deve certamente ser árduo aquilo que tão raramente se encontra. Pois se a salvação estivesse à disposição e pudesse ser encontrada sem maior esforço, como explicar que ela seja negligenciada por quase todos? Tudo o que é precioso é tão difícil quanto raro”.''

-vamos marcar uma conversa com ele? mais informaçoes:
http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/094/filosofia/visao-coisas-578898.shtml (fonte do texto acima)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_Espinoza
http://www.consciencia.org/spinoza.shtml

quinta-feira, 31 de março de 2011

discutindo relação

só pra nao perder minha mania de discutir relação
quero "postar" meu amor pro vocês
sem vocês meus dias seriam menos felizes

Presente.

faz parte do processo rrsrsrss

Integração x Indirença

''Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Olhar nº 01


Olhar nº 02


Olhar nº 03
Olhar nº 04



Olhar nº 05
[ Considerações...]

Essa inúmeras vertentes passeiam no íntimo interior DE QUAQUEL UM.

Está forçado a viver em um contexto de não-lugar, sendo esmagado pela integração ilusória e a indiferença alternativa, que se limita ao total.
Com objetivo de chegar aonde??????????? NÃO SEI.

Existem quantos mundos dentro mundo?Quantos universos?Quantas verdades?

A manifestação da individualidade não deixa o ar ser democrático, pelo contrário, torna-o ''Individualizado''.

Quanto mais nos deparamos com o auto-conhecimento, mais buscamos respostas fora de nós mesmos, pois os caminhos mudam e a visão também, pois a efêmera características das coisas nos deixa tenebrosa-mente variável.

Então buscamos a reinvenção, apropriação ou a fuga. Para mais um ciclo de transformações onde o tempo só passa.

Esperial, esperial, espiral e espiral!
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SEM NOME


 Resposta - Encontro 30 de Março 2011.
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É da natureza humana a necessidade de dar nomes às coisas afim de compreendê-las melhor, de torná-las objetos definidos e colocá-las ao alcance da razão, dispostos como as cores numa paleta de pintor que irá criar um mundo particular em sua obra.

Aristóteles dirá em sua Metafísica, que o homem deseja conhecer as coisas por natureza, o que é o mesmo que dizer que estamos incondicionalmente destinados a conhecer. Isto nos leva a dizer que tudo o que fazemos durante toda nossa existência, em verdade, é nos conhecermos nas coisas que buscamos conhecer. Somos ainda dotados de um modo de expressão único, a linguagem falada. Segundo nos revelam os mitos gregos, o homem é o único dentre todos os animais capaz de falar, pois foi beneficiado, recebeu uma dádiva dos deuses: o poder expressar o logos. Assim, eleito por um capricho olímpico, a fala aparece para os gregos como o fator distintivo da humanidade, porque é na fala que se manifesta o ser, "falar é refletir o kosmo, tal como ele é" - comenta Christophe Rogue. Ou seja, por meio da razão manifestamos a fala articulada, e esta, por sua vez é justamente a marca da natureza humana. Razão esta que, sendo um atributo cada vez mais preponderante na linguagem, marcará decisivamente o final do século XVIII, determinando o modo de ser, ver e expressar o mundo. 

Será que temos que obedecer essa lógica Razão x Expressão?????
CHEGA! QUERO RUPTURAS JA!


Será que precisamos dar nome ha tudo que fazemos?
Que necessidade absurda é essa que temos de tentar classificar, codificar tudo o que fazemos, que queremos?
Porque simplismente não deixamos acontecer?
Se é Dança, se é Teatro Físico,se é Butoh, se é Arte Contemporânea, se é .... aFF!
Pra que se dar classificações se aquela Arte é Dança ou é Teatro? Se é expressionista ou dadaíta?
O que a gente quer não precisa ser Arte!

    "De fato, a sociedade tem necessidade de artistas, da mesma forma que precisa de cientistas, técnicos, trabalhadores, especialistas, testemunhas da fé, professores, pais e mães, que garantam o crescimento da pessoa e do progresso da comunidade... no vasto panorama cultural de cada nação, os artistas têm seu lugar específico...Toda a forma autêntica de arte é, a seu modo, um caminho de acesso à realidade mais profunda do homem e do mundo. E constitui um meio onde a existência humana encontra sua interpretação plena..."CARTA AOS ARTISTAS - PAPA JOÃO PAULO 11


E se não quisermos fazer Arte? Se o que quizermos fazer for muito mais alem dessas convenções?
Se eu quizer mostrar algo alem da linguagem humana, que ultrapasse a Arte?
E não venham me perguntar o que é isso que eu quero mostrar, porque logo responderei....
NÃO TEM NOME!
Apenas quero expressar as coisas que sinto, sem me importar com nehuma classificação,aceitar as influências que recebi, mas a partir do momento que sou eu, se somos nós que apresentamos, tudo aquilo que passamosa desenvolver é nosso, não são essas influências...

Finalizo esse post, tentando resgatar o momento que não tem nome...
Fecho os olhos, e deixo os pensamento virem á tona.. soltos pela minha cabeça...
Aqui nem a linguagem, nem a Arte habita, sou apenas eu... sou apenas nós .. sou apenas Contemplação!
Por mais que eu va lá dentro, eusempre busco fora.. por mais que eu tenha meu universo particualr, vai ser na busca incessante dessa comunicação que nossos universos particulares se cruzam, e retomamos estar juntos em nossa Biosfera.


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Os nossos canais expressam isso: ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Conseguimos passar isso: \\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
Voce¹ entende isso: .....................................
Voce² entende isso: & ♥☺ ☻
Voce³ entende isso: • ♣ ○ ◘ ♦


E ainda tem gente que pergunta no fim do espetaculo: "O que voces quiseram mostra com isso?"
Tem coisas que NÃO TEM NOME!








COMTEMPLEMOS

Resposta ao comentário de David em minha postagem CIRCULAR.